Contratado
pelo Vitória em 2012 como uma das maiores promessas entre os goleiros
brasileiros, Renan desistiu do futebol para seguir a profissão de pedreiro.
Renan é sócio na Construtora Reuter. |
Hoje,
com 27 anos de idade, ele trabalha quase 12 horas por dia construindo prédios
em Governador Celso Ramos, cidade a 45 quilômetros de Florianópolis, em Santa
Catarina. “Começo a trabalhar às 6h30 da manhã e só termino às 18h”, revela
Renan, em entrevista exclusiva.
Ao
lado do pai, seu Silézio, o ex-goleiro decidiu criar uma empresa de construção
civil. “Meu pai trabalhou quase 40 anos nesse ramo e optamos em outubro de 2016
por abrir nossa própria construtora, a Reuter”, explica. “A gente mesmo é quem
constrói. Estou nesse momento fazendo laje. Entregamos ano passado nosso
primeiro prédio, de três andares. Felizmente, os sete apartamentos já foram
vendidos.”
A
construtora familiar ainda conta com o irmão Darlan e um único funcionário.
“Iniciamos há 30 dias outro prédio, também de três andares, mas agora com nove
apartamentos. O planejamento é de que ele esteja pronto em dezembro do ano que
vem, mas vamos batalhar para entregá-lo um ano antes”, afirma o ex-goleiro.
Renan ao lado do pai. Foto arquivo Renan |
Durante
o período de um ano e meio afastado, Renan teve propostas, principalmente de
clubes da Série B. “Até hoje ainda me ligam, mas não posso sair da obra. Pelo
menos até o fim desse ano, não dá. De repente, a partir do ano que vem… mas a
intenção não é voltar mais ao futebol”, avalia.
Sua
única ligação com a antiga profissão é um processo que move contra o
Corinthians. Renan prefere não comentar os motivos que o levaram a recorrer à
Justiça, mas conta que perdeu a ação em primeira instância, e venceu em
segunda.
“Não
ponho culpa em ninguém do Corinthians, mas, se tivesse um período maior de
jogos, as coisas poderiam ser diferentes. O Tite me colocou para jogar três
partidas: tive uma falha contra o América (MG) e fiz atuações normais nos
outros dois jogos, só que a equipe perdeu e eu nunca mais atuei”, relembra o
ex-goleiro, que passou a rodar em vários clubes, todos por empréstimo, nos
cinco anos de contrato com o Timão.
Renan
esteve no Vitória, Estoril-POR, Guarani, Botafogo-SP, Bragantino, Caxias e Tigres.
Entre um empréstimo e outro, conviveu com a dura realidade de treinar afastado
dos companheiros, no CT do Flamengo de Guarulhos. “E eu nem tinha autorização
para treinar com bola. Acho que faziam isso para que eu pedisse a rescisão do
contrato.”
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