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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Ex-goleiro do Vitória vira pedreiro

Contratado pelo Vitória em 2012 como uma das maiores promessas entre os goleiros brasileiros, Renan desistiu do futebol para seguir a profissão de pedreiro.

Renan é sócio na Construtora Reuter.
Fonte e foto: Jorge Nicola/Yahoo Esportes 

Hoje, com 27 anos de idade, ele trabalha quase 12 horas por dia construindo prédios em Governador Celso Ramos, cidade a 45 quilômetros de Florianópolis, em Santa Catarina. “Começo a trabalhar às 6h30 da manhã e só termino às 18h”, revela Renan, em entrevista exclusiva. 

Ao lado do pai, seu Silézio, o ex-goleiro decidiu criar uma empresa de construção civil. “Meu pai trabalhou quase 40 anos nesse ramo e optamos em outubro de 2016 por abrir nossa própria construtora, a Reuter”, explica. “A gente mesmo é quem constrói. Estou nesse momento fazendo laje. Entregamos ano passado nosso primeiro prédio, de três andares. Felizmente, os sete apartamentos já foram vendidos.”

A construtora familiar ainda conta com o irmão Darlan e um único funcionário. “Iniciamos há 30 dias outro prédio, também de três andares, mas agora com nove apartamentos. O planejamento é de que ele esteja pronto em dezembro do ano que vem, mas vamos batalhar para entregá-lo um ano antes”, afirma o ex-goleiro.

Renan ao lado do pai. Foto arquivo Renan
“Depois que acabou o contrato com o Corinthians, em julho de 2016, decidi dar um tempo no futebol e acho que não volto mais”, explica Renan, decepcionado com a antiga carreira. “Parei com 25 anos, porque tem coisas no futebol que não entendo. E o pior é que nem posso falar toda a verdade. Eu vivia futebol 24 horas por dia. Quando não estava treinando ou jogando, assistia a tudo. Hoje, não tenho mais tesão nenhum.”

Durante o período de um ano e meio afastado, Renan teve propostas, principalmente de clubes da Série B. “Até hoje ainda me ligam, mas não posso sair da obra. Pelo menos até o fim desse ano, não dá. De repente, a partir do ano que vem… mas a intenção não é voltar mais ao futebol”, avalia.

Sua única ligação com a antiga profissão é um processo que move contra o Corinthians. Renan prefere não comentar os motivos que o levaram a recorrer à Justiça, mas conta que perdeu a ação em primeira instância, e venceu em segunda.

“Não ponho culpa em ninguém do Corinthians, mas, se tivesse um período maior de jogos, as coisas poderiam ser diferentes. O Tite me colocou para jogar três partidas: tive uma falha contra o América (MG) e fiz atuações normais nos outros dois jogos, só que a equipe perdeu e eu nunca mais atuei”, relembra o ex-goleiro, que passou a rodar em vários clubes, todos por empréstimo, nos cinco anos de contrato com o Timão.

Renan esteve no Vitória, Estoril-POR, Guarani, Botafogo-SP, Bragantino, Caxias e Tigres. Entre um empréstimo e outro, conviveu com a dura realidade de treinar afastado dos companheiros, no CT do Flamengo de Guarulhos. “E eu nem tinha autorização para treinar com bola. Acho que faziam isso para que eu pedisse a rescisão do contrato.”

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