Em meio a atribuição de responsabilidade de ambas as partes, o Vitória comunicou, na tarde desta terça (3), que as negociações com o meia Escudero foram finalizadas e o atleta não jogará no Clube este ano.
Escudero disse que não ficou por amadorismo do Vitória. |
Colaboração de fotos: Maurícia da Matta/ECVitória
O clube, em um comunicado oficial, alega que a negociação não se concretizou por um desentendimento entre o jogador e seus empresários. O Jogador, em suas redes sociais afirma que não concretizou devido a “muito amadorismo das partes envolvidas para fechar uma negociação que era muito simples sempre desde que todos nós falássemos a mesma língua (português)”.
Escudero já pode atuar em qualquer time. |
Já o Escudero, recuperado e em forma, tem outra versão: “Hoje é um dia muito triste para mim. Estou saindo do Vitória e tomando a decisão de não ficar. Foi muito desgastante, e eu tive a maior paciência do mundo para tentar chegar a um acordo. Mas infelizmente as pessoas que levaram adiante a negociação acabaram atrapalhando muito o processo para eu ficar”.
“Eu ontem sai do Barradão às 22h30, mas não foi resolvido nada. Hoje o Rafael Carvalho (que estava fazendo a intermediação) me enviou uma mensagem falando que o presidente já tinha o contrato na mesa e que era para eu ir no Barradão assinar. Fui no clube e quando cheguei lá, o acerto era diferente do qual Rafael tinha me passado. Então isso aí foi a gota que acabou por eu tomar a decisão de não ficar no Vitória. Sendo que essa foi a terceira vez que me sentei (só hoje foram duas vezes) na frente do presidente para assinar e não acabou acontecendo.
Eu sei a situação do Vitória, eu sou um cara que me sinto em plenas condições de ajudar o clube. Queria muito ajudar a devolver a Vitória para Série A, mas isso aqui não é questão de dinheiro, por que eu queria muito jogar pelo Vitória novamente. Eu falei para o presidente que com esse contrato eu tinha que tirar dinheiro do meu bolso para viver. E ele se comprometeu a procurar uma solução, mas já foi muito tarde. Adiaram a reunião da última sexta-feira para segunda-feira, com o presidente alegando pra mim que era para eu fazer um coletivo, onde ele ia me avaliar junto à comissão técnica (coisa que não foi assim). Eu fiz o coletivo, me senti muito bem. Os relatórios médicos, da parte fisiológica e da comissão foram positivos. Ou seja, só faltava o presidente ver que eu estava bem. Aí acabou perdendo três dias muito valiosos para finalizar com a negociação e assinar na segunda-feira. Então nos reunimos segunda-feira e o presidente veio com uma proposta muito abaixo do esperado e que a empresa de intermediação havia me passado.
Então é isso o que aconteceu. Quero que fique bem claro que não foi dinheiro o problema e sim muito amadorismo das partes envolvidas para fechar uma negociação que era muito simples sempre desde que todos nós falássemos a mesma língua (português).
O jogador usou o Vitória para se recuperar fisicamente. |
Eu queria muito ficar para ajudar ao clube, mas desse jeito eu me senti tratado como um moleque nessa negociação pelas partes envolvidas. E no mínimo eu mereço respeito. Eu posso ser contratado ou não, é normal, lógico, e eu respeito. Mas ser tratado dessa forma? Eu acho que foi isso o que fizeram que eu tomasse a decisão de ir embora. Graças a Deus tive a honra de jogar em grandes clubes a nível mundial, e não mereço passar por esse tipo de coisas. E por último agradecer muito mesmo aos funcionários do Vitória. Os fisioterapeutas, corpo médico, o pessoal da academia, da transição. Eu estou saindo triste, mas sabendo que vou ver a minha família que amo muito e que sempre estão do meu lado mesmo estando longe. Eles sabem do sacrifício que eu fiz para ficar no Vitória, mas que infelizmente não deu certo!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário